Introdução
O vermelho sempre foi uma cor associada ao poder, à paixão e à espiritualidade. Mas, no século XVI, esse tom ganhou ainda mais prestígio graças a um ingrediente inesperado: um pequeno inseto chamado cochonilha, encontrado no México. Transformados em pó, esses insetos criaram um dos pigmentos mais intensos e valorizados da história da arte e da moda.
1. A descoberta no México
Os povos indígenas do México, como os astecas, já utilizavam a cochonilha muito antes da chegada dos europeus. O inseto vivia nos cactos do tipo nopales, e quando esmagado produzia um vermelho intenso conhecido como carmim. Esse pigmento não apenas tingia tecidos, mas também tinha importância cultural e simbólica.
2. O tesouro do Império Espanhol
Com a colonização espanhola no século XVI, a cochonilha rapidamente se tornou um dos produtos mais valiosos exportados para a Europa, perdendo em importância apenas para metais preciosos como ouro e prata.
Nos séculos XVI e XVII, o carmim da cochonilha tingiu roupas da realeza, mantos religiosos e até obras de arte sacra. O vermelho vibrante simbolizava poder, luxo e sofisticação.
3. Um pigmento que atravessou o mundo
Durante mais de 300 anos, a cochonilha foi o principal corante vermelho do planeta. Seu tom era tão resistente e intenso que superava todos os outros pigmentos naturais conhecidos na época. Países como Espanha, Inglaterra e Itália usavam o pigmento em tecidos de prestígio, enquanto artistas como Rembrandt e Velázquez incorporaram o carmim em suas pinturas.
Rembrandt -Rosalba Peale, 1820
Diego Velázquez, Retrato do Infante Filipe Próspero , 1659. Óleo sobre tela
4. O declínio e os pigmentos modernos
A partir do século XIX, com a criação dos corantes sintéticos, a cochonilha perdeu espaço no mercado internacional. Ainda assim, continua sendo utilizada até hoje, principalmente em cosméticos, alimentos e tintas naturais, preservando sua história e impacto cultural.
A história é longa, mas o vermelho vibra...
A história da cochonilha mostra como a busca pelas cores sempre esteve ligada ao poder e à expressão cultural. O vermelho carmim atravessou séculos como símbolo de força, paixão e sofisticação.
Na arte abstrata contemporânea, o vermelho continua a ser uma cor transformadora, capaz de despertar intensidade e emoção em qualquer ambiente.
Obras de Artes Abstratas Originais artista Natali de Paula 2017, 2019
Já imaginou ou fazia ideia que cada cor tem uma história incrível?
Para conhecer mais sobre as cores e as composições que o tom vermelho agrega nas artes, especialmente na arte abstrata conheça meus trabalhos :)
🌐 Portfólio Artista Natalí de Paula
